Dez anos refregas, embates, disputas, poucas mortes, muitos entendimento, incompreensões. A Revolução Farroupilha culminou na Guerra Farrapos, em 11 de Setembro de 1836, com a Proclamação da República Rio-Grandense, pelo valoroso General Antônio de Souza Netto, nos campos dos Menezes, Candiota/RS, momento em que se transporta para a Guerra Farrapos, em consequência do enfrentamento entre duas Pátrias.
O Império enfrentava dificuldades administrativas, dada a questão da menoridade do Imperador. Aliado a isso, a Cisplatina sempre em polvorosa. As linhas demarcatórias dos tratados, desde Tordesilhas suscitavam dúvidas imaginárias, motivos das incursões dos caudilhos argentinos e uruguaios. No império Brasileiro, diversas insurreições. A defesa das fronteiras demarcadas ou imaginárias cabiam aos chefes milicianos que seriam ressarcidos ao final dos conflitos, contudo, o Império não honrava com os acordos.
A epopeia Farroupilha, vista com bons olhos pelos platinos e esses desejosos de ampliar fronteiras, passaram a ofertar auxílio de diversas ordens, aos chefes farroupilhas, cujas notícias chegaram a Corte no Rio de Janeiro. As hostilidades sempre iminentes, assustaram a Corte!.
O Governo imperial serviu-se da habilidade de Caxias, o qual agiu no seio dos chefes sulinos, disseminando a discórdia entre as lideranças, enfraquecendo, sobremaneira, os movimentos de combates, por igual, as razões da Guerra.
Dado as tratativas entre Caxias e seus emissários, com o comando da República, praticamente acéfala e no pós-proclamação da República Juliana, em Santa Catarina, quando ocorreram alguns episódios de difícil aceitação, as tropas imperiais conseguiram reconquistar o domínio territorial, destroçando e expulsando os republicanos em Laguna, os quais recuaram para Lages, outras no sentido de Curitibanos, contudo, as forças do Imperador inviabilizaram, toda e qualquer reação. A intenção do Comando Farroupilha previa o avanço sobre o Paraná e demais províncias, implantando o sistema republicano.
As conversações entre as lideranças imperiais e farroupilhas prosperam de forma satisfatória, no entendimento de alguns chefes, enquanto perduram situações completamente inexplicáveis, quanto a atuação de alguns líderes republicanos, desde os primeiros anos do movimento armado, oferecendo um quadro reflexivo, da mesma sorte no lado imperial.
Porongos é usado como alvo pelos detratores das lideranças farroupilhas! Trazem ao bojo, a morte de dezenas de lanceiros negros, alegando o desarmamento destes, anteriormente, ao fatídico. E, de que a participação destes se deu em troca da liberdade após a luta.
Ora, tal entendimento falece de segurança, além de causar espanto, eis com a morte, o antigo patrão jamais teria a possibilidade de rever a “propriedade”, que a lei então lhe segurava, conquanto, mesmo liberto, ainda assim, seria plausível a reconquista. Embora qualquer das máximas cabe ao leitor se inclinar numa ou noutra possibilidade.
No que condiz a PAZ DE PONCHE VERDE, ocorreram tratativas e posteriormente, cada parte publicou as suas concessões, qual um jogo de compadres, ainda que semelhantes, diferentes entre si. “Os olhos devem estar bem atentos e os ouvidos lançando olhares”! há afirmações de que o Gen. Antônio de Souza Netto, jamais teria aceito as concessões traçadas entre as lideranças contendoras, fato esse, que levaria para o Uruguai, de onde, retornaria falecido.
Das razões do movimento farroupilha, o acordo de paz se formou sobre um rol de interrogações, certezas, verdades, convicções, inverdades, conquistas, respeito e a certeza de que um mundo melhor é possível! Sonha-lo, em primeiro plano, executar, aperfeiçoar, regar todo dia, a plantinha da liberdade, postar-se no mesmo nível do semelhante e praticar a humanidade.
As razões dos farroupilhas estão impregnadas nos ferrolhos dos mosquetes! Consulta-los, há duas possibilidades: numa a espoleta pode estar úmida; noutra, explodir os miolos!